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Ralmir Santos Flôr

Ralmir Santos (Professor)

Estudante de Engenharia

Coordenador Geral da Frente Para

Desenvolvimento

Sustentável das Cidades



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V.L.T (MOBILIDADE SUSTENTÁVEL PARA O BRASIL)
V.L.T (MOBILIDADE SUSTENTÁVEL PARA O BRASIL)

 

O Mobilize Brasil esclarece as principais características e as qualidades e vantagens de cada um dos modos de transporte coletivo

Autor: Felipe Castro / Mobilize Brasil

 

Com os projetos de mobilidade propostos para a Copa de 2014, dois modos de transporte coletivo foram alçados ao centro da polêmica sobre qual o melhor transporte público para as cidades: o Bus Rapid Transit (BRT) ou o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

À medida que a Copa do Mundo e a Olimpíada se aproximam, a população se intera dos projetos que as cidades brasileiras estão implementando – ou buscando implementar, e termos como “BRT” e “VLT”, agora popularizados, dividem atenção com os já consagrados “ônibus”, “metrô” e “trem”.

A equipe do Mobilize Brasil buscou quatro especialistas para entender o que existe além da diferença básica entre as duas siglas, e em que condições um meio de transporte pode se adequar mais ou menos às necessidades de uma determinada cidade.

Porque, sim, tanto o BRT – os corredores exclusivos de ônibus, ou Bus Rapid Transit – como o VLT  – o metrô leve de superfície, versão repaginada dos antigos bondes, ou, Veículo Leve sobre Trilhos – têm suas peculiaridades e diferem em termos de custo, impacto ambiental, articulação com a cidade e outros aspectos (veja abaixo), apesar de, segundo os especialistas, terem surgido de um conceito bastante parecido.

“O BRT nasceu de uma concepção brasileira do arquiteto e urbanista Jaime Lerner [ex-prefeito de Curitiba], que o implantou em Curitiba e Goiânia. Ele se inspirou na qualidade, na eficiência, na segurança do metrô”, explica o engenheiro Otávio Cunha, presidente executivo da NTU (Associação Nacional dos Transportes Urbanos). “Trata-se, basicamente, de um sistema de ônibus biarticulados que rodam em canaleta exclusiva”, completa Marcos Antônio Nunes Rodrigues, professor da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

E por que o BRT é diferente do sistema de ônibus convencional? Cunha explica: “O BRT precisa ter a via segregada, exclusiva; garantir o embarque e desembarque em nível na plataforma; apresentar velocidade comercial elevada; assegurar o pagamento antecipado da passagem e providenciar informações aos usuários através da central de controle operacional”, resume, elencando os requisitos básicos para que um corredor de ônibus possa ser classificado como um legítimo Bus Rapid Transit. “A rigor, no Brasil, só existem três BRTs: em Curitiba (PR), Uberlândia (MG) e Goiânia (GO).”

E se o BRT é uma versão mais rápida do ônibus convencional, o VLT, por sua vez, pode ser considerado um primo distante do metrô pesado. Nas definições do consultor e especialista em transporte metroferroviário Peter Alouche, ”o VLT é um transporte sobre trilhos de média capacidade que não tem a via totalmente segregada”. 

Este sistema sobre trilhos remonta às características dos antigos bondes, que circularam nas cidades brasileiras até os anos 1960."O antigo bonde ressurge aí com nova tecnologia, que permitiu veículos mais leves, econômicos e silenciosos”, explica o arquiteto e professor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, Renato Anelli. “O Veículo Leve sobre Trilhos é uma solução de menor impacto na cidade, em projetos de vias feitos com mais cuidado."

Tanto BRT como VLT são modos de transporte que atendem uma demanda intermediária. Ou seja, operam levando de 10 e 30 mil passageiros por hora e sentido. Isso representa mais do que os ônibus convencionais e menos do que o metrô pesado, este um transporte verdadeiramente de massa (veja o quadro abaixo).

Engenharia

Itaipu começa estudo para o primeiro VLT elétrico do Brasil

novembro 1, 2012 by Eduardo Cavalcanti in Elétrica, Engenharia with 2 Comments

Um modelo em escala real do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), produzido pela empresa cearense Bom Sinal, já está em Foz do Iguaçu para a implementação de um inédito sistema de tração elétrica. O trabalho será desenvolvido pela Itaipu Binacional. A intenção dos engenheiros e técnicos da empresa é desenvolver o primeiro VLT elétrico do Brasil.

O mock-up, como o protótipo também é chamado, chegou ao Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Movidos a Eletricidade (CPDM-VE), o Galpão G5 da usina de Itaipu, no sábado (27), após uma viagem rodoviária de duas semanas. Foram mais de 3 mil quilômetros, partindo de Barbalha, sede da empresa no Ceará, até o Oeste paranaense.

Por causa das dimensões do veículo, a viagem foi feita em carreta rebaixada, adaptada para o transporte, e velocidade reduzida. O mock-up pesa de 8 a 10 toneladas e tem 11 metros de comprimento, 4 de altura e 3 de largura.

O engenheiro Celso Novais, coordenador brasileiro do Projeto Veículo Elétrico (VE), explicou que a primeira fase do projeto será promover um estudo de acomodação do sistema de tração elétrica no protótipo. “Ou seja, será transformar esse VLT, que é a diesel, numa versão puramente elétrica”, adiantou. Essa fase deve durar um ano e meio.

A segunda fase do estudo, que deverá levar mais um ano e meio para conclusão, será para desenvolver uma versão elétrica do VLT sem as catenárias – como são chamados os cabos de alimentação externos, instalados sobre os trens, muito comuns nas versões europeias.

“A remoção das catenárias vai representar uma grande evolução. Queremos usar um sistema com baterias de sódio, que provavelmente terá ou uma carga rápida, ou um sistema sem fio de recarga, ou um sistema de recarga nas paradas. Todas as possibilidades serão estudadas”, antecipou.

Outra vantagem do trem sem catenárias, segundo Novais, está no preço final do produto. A supressão dos cabos de alimentação poderá reduzir para um terço o valor gasto na instalação de um projeto de VLT numa cidade.

Primeiros passos

O engenheiro Márcio Massakiti Kubo, da Assessoria de Mobilidade Sustentável, disse que a vinda do mock-up a Foz do Iguaçu vai permitir o início da chamada análise de interferência mecânica do projeto. Será verificado o espaço disponível para a instalação da tração elétrica, incluindo motor, sistema de acoplamento, caixa de redução, sistemas de fixação, além da parte de eletrônica de potência, responsável pelo acionamento do motor.

Outra preocupação, segundo o engenheiro, será especificar as características técnicas do sistema de tração que melhor se adaptam ao tipo de aplicação desejada – ou seja, o transporte público de passageiros.

“O regime de trabalho requerido para esse tipo de aplicação, que envolve aceleração, torque e velocidade, é diferente de um caminhão ou um ônibus”, observou. “Por isso, teremos que determinar exatamente as características técnicas de cada componente”, completou.

De acordo com Celso Novais, será necessário instalar um pequeno trecho de trilhos dentro de Itaipu, para os testes iniciais. Ainda segundo ele, a versão elétrica do VLT poderá alcançar velocidade de até 170 km/h, ante os 120 km/h atuais da versão a diesel.

Com essas características, o veículo terá potencial para ser utilizado não apenas no transporte urbano de passageiros, mas também em trechos intermunicipais. A capacidade mínima de cada composição, com dois vagões, é de até 96 passageiros. Mas o sistema poderá ser configurado para carregar até quatro vagões – sendo dois módulos intermediários.

Parcerias

Paralelamente ao desenvolvimento do VLT elétrico, o Projeto VE vai intensificar o contato com empresas com know-how reconhecido no setor e que poderão dar suporte técnico ao trabalho. Além da atual parceria KWO, que opera um VLT na Suíça, poderão ser incorporadas ao projeto as empresas Stadler, da Suíça, que há mais de 50 anos atua no segmento; a Voith e a Siemens, da Alemanha; e o braço europeu da canadense Bombardier.

Família VE

Com o VLT, a família de protótipos do Projeto VE ganha um novo integrante. Itaipu e parceiros do projeto já desenvolveram modelos elétricos do Palio Weekend, do utilitário Marruá, além de um caminhão, um ônibus puramente elétricos e um ônibus híbrido a etanol.